POR ONDE ESCOA O AZUL, 2019
3'19''
O Videoarte traz a inundação da capital mineira pelos rios urbanos invisíveis, que retornam à superfície e dominam as ruas junto a um grande dilúvio que ocorre em 2025 e marca o fim da cidade, que termina submersa.
Em meados da década de 20, acreditou-se que o cimento trazia o cheiro do progresso. Assim, foram iniciadas as obras para canalização dos rios de Belo Horizonte e seu posterior fechamento, como tentativa de conter enchentes e o fato de que as águas estavam virando esgotos abertos.
Em nome da razão, excluiu-se o azul da paisagem, deixando-a cinza e alagada pelas chuvas anuais que não conseguem escoar pelo solo.
Assim, este trabalho propõe um resgate afetivo diante dos rios, e o possível futuro coletivo, causado pelas canalizações e completo fechamento destes em Belo Horizonte.
Concepção: Ágatha Araújo, Bárbara Lissa e Maria Vaz
Filmagem: Luíza Matheus e Natália Mateus
Trilha sonora: Bárbara Lissa, Maria Vaz e Lucas Gomes
Edição: Ágatha Araújo
O RIO HÁ DE INUNDAR TODOS OS HOMENS, 2018
1'58''
Videoarte feito a partir de apropriação de vídeos enviados por amigos a pedido do Coletivo Paisagens Móveis, no período das chuvas em Belo Horizonte, entre 2017 a 2018.
Foram coletados inúmeros vídeos de enchentes por toda a cidade, que foram enviadas ao grupo a nosso pedido.
Raramente nos lembramos das águas que ainda correm abaixo do asfalto, exceto em períodos de chuvas anuais, quando elas retornam às ruas. Esta projeção propõe nos alertar e nos fazer pensar sobre o que entendemos como "progresso" a respeito de políticas públicas para a cidade em que queremos viver.
Concepção: Ágatha Araújo, Bárbara Lissa e Maria Vaz
Edição de vídeo: Loic Ronsse