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DUO PAISAGENS MÓVEIS
BÁRBARA LISSA
MARIA VAZ
CIDADE JARDIM, 2024
Na Cidade-Jardim, gravatas de cetim, bolsas de couro, saltos agulha, um microfone, uma banda militar e crianças cabisbaixas são coadjuvantes de uma série de eventos públicos dedicados ao plantio de mudas de árvores.
Ao longo de décadas, uma certa imagem, de variados chefes de estado - incluso um certo príncipe em visita ao Brasil - é difundida nos jornais nacionais e preservada nos arquivos públicos. Tal solenidade denuncia a infamiliaridade com a ação e com os próprios indivíduos arbóreos, enunciados genericamente como: “árvore”. Em contraste com a recorrência desses atos simbólicos, centenas delas são, sem cerimônia, sacrificadas em prol de vias automobilísticas, eventos e outros projetos urbanos.
Identificando os seres vegetais e chamando-os pelo nome, uma outra relação pode ser expressa com a copaíba, agora distinguida da quaresmeira, e outros arquivos produzidos e narrados, aproximando natureza, território e sociedade.
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